Desafio

A NBI integrou um consórcio de empresas num projeto de inovação de desenvolvimento de um desinfetante com biocidas baseados em canábis e plantas silvestres, desenhado para bloquear a propagação do SARS-CoV-2. O consórcio foi coordenado pela EXMceuticals Portugal, em parceria com a Cosmetek e a Universidade de Coimbra, para estudar e desenvolver formulações funcionais, naturais e inovadoras para combater o vírus que causa a COVID-19.

Projeto

A NBI foi o parceiro perito na componente de bioeconomia das plantas silvestres . As plantas silvestres são uma importante fonte de substâncias naturais biologicamente ativas, como são o caso dos óleos essenciais maioritariamente constituídos por substâncias de natureza terpénica, um dos compostos mais valiosos produzidos pelas plantas. Estes óleos podem funcionar como agentes antimicrobianos, conseguem desempenhar múltiplas funções melhor do que os seus equivalentes sintéticos e encontram-se em quantidades assinaláveis na natureza, nomeadamente em habitats seminaturais e silvestres, frequentemente associáveis a alto valor ecológico e de conservação da biodiversidade.

Estas substâncias naturais são extraídas das plantas, podendo por vezes o mesmo princípio activo ser extraído de diferentes plantas. Entre as famílias mais adaptadas ao clima mediterrânico encontramos as estevas (Cistaceae) e as labiadas (Lamiaceae), que são precisamente duas das famílias de plantas com mais espécies ricas em terpenos. Na sua pesquisa a NBI determinou as melhores plantas para a extração de terpenos, identificou-as no território - muitas vezes em zonas rurais marginais ou improdutivas, provando que zonas consideradas matos ou incultos podem ser interessantes no âmbito da bioeconomia - e reuniu as amostras necessárias para o projeto.

Áreas de expertise

  • Biodiversidade

  • Bioeconomia

Resultados

Este consorcio permitiu a criação de diferentes formulações com elevado potencial biocida para vários microorganismos, incluindo o SARS-CoV-2, com futuras aplicações que poderão ir da desinfeção de superfícies e bens, na assepsia e desinfeção das mãos e como barreira de revestimento adicional em máscaras de uso social e cirúrgico. 

Pelo seu carácter inovador e potencial de desenvolvimento económico baseado na natureza o projeto BioBlockCOVID foi cofinanciado pelo FEDER através do COMPETE 2020.